Festejos Juninos – Celebrações da vida na Feira de São Cristóvão

05/06/2019 0 Por afs
Festejos Juninos –  Celebrações da vida na Feira de São Cristóvão

Os fins de semana animados e divertidos, ao longo do ano, permeados de bailados, sabores, sons, aromas e cores, na famosa e movimentada Feira de São Cristóvão, ganham vigor e amplitude com os festejos juninos. São três meses de festividades com seu início no primeiro fim de semana de junho – mês marcado pelos santos juninos – até o último fim de semana de agosto. As centenas de lojas distribuídas em suas ruas, barracas com comidas típicas, a ornamentação, brincadeiras e a apresentação de dezenas de quadrilhas, transformam o pavilhão em um grande arraial.

Origem da Festa Junina

Vale lembrar que a festa junina constitui uma das maiores comemorações realizadas no país. A festa tem origem nos tempos do paganismo, no hemisfério norte, com celebrações que anunciavam o solstício do verão em homenagem as divindades da natureza e da fertilidade proporcionadoras da colheita abundante. Evento de enorme apelo popular, aos poucos, é incorporado ao catolicismo, com especial manifestação durante as comemorações de Santo Antônio, São João e São Pedro. Os portugueses que desembarcaram em solo brasileiro durante a colonização, trouxeram na bagagem a tradicional celebração europeia que se misturou com elementos da vida no campo e partes da cultura indígena e africana. O chapéu de palha, o traje caipira, a decoração com bandeirinhas, folhas de bananeiras e bambus; fogueiras, músicas, danças e comidas típicas – normalmente pratos à base de milho, caldos e arroz-doce – e bebidas – batida e quentão, são itens que caracterizam essa festa e remetem à sua origem agrária. Temos ainda algumas brincadeiras para os convidados participarem como o tradicional pau de sebo, além, do momento mais esperado da festa, a apresentação das quadrilhas. A sua origem vem da “quadrille”- dança nos salões requintados da nobreza parisiense no século XVIII. Em seu formato original, a apresentação era composta por quatro casais. Restrita a elite europeia, chegou ao Brasil durante o período regencial – entre 1831 e 1840 – e, logo conquistou a simpatia do povo. E no decorrer do século XIX, a criatividade da nossa gente deu um toque de brasilidade a dança, com novos passos e ritmos, inclusive com o aumento do número de casais.

Um pavilhão de momentos festivos

Desde 2003, a feira ocupa as dependências do pavilhão. A partir de então, passou a realizar a festa junina com todos os elementos que a caracterizam, principal-mente, com a beleza e a criatividade da apresentação das quadrilhas, que encantam os visitantes. Atraindo um público numeroso a cada edição, o evento fez do Pavilhão de São Cristóvão o destino turístico da cidade do Rio de Janeiro mais procurado durante os meses de junho, julho e agosto. Mais do que uma confraternização de origem multicultural, a festa junina é uma celebração da vida.